O que aprendemos com 2013

É o último dia do ano. Não tinha muita certeza se faria um texto sobre 2013 ou não, mas visto que eu tenho muito tempo sobrando e esse ano foi, para dizer o mínimo, “de tirar o fôlego”, acredito que o ano que se passou merece pelo menos um lembrete aqui no Daora. Afinal, nunca houve nada como 2013 e eu fico feliz de pensar que eu fiz parte de um período que deixou sua marca na História. Não vim aqui fazer retrospectiva porque eu acho que a Globo e todos os jornais do mundo já fizeram esse serviço para nós.

2013 entrou para a História da humanidade porque foi um ano de revolta. As ruas do mundo inteiro foram tomadas pela indignação e pela insatisfação com as estruturas vigentes. Engana-se aquele que crê que essas manifestações foram absolutamente aleatórias e desconexas. Se prestarmos atenção, a fúria do povo com seus governos pareceu dar-se de uma forma quase que coordenada em vários países (e algumas de fato, o foram) e isso, queiramos ou não, quer dizer alguma coisa. Quer dizer que estamos em um processo de mudança que apenas começou no ano que em breve se encerrará. O povo se pintou de rua e a rua se pintou de povo. As pessoas, pouco a pouco, foram percebendo que nossas crenças não são tão inquestionáveis e inabaláveis como nos fizeram acreditar a vida toda. Dogmas estão sendo quebrados, tradições estão sendo revistas e todos os valores que produziram o mundo que a gente tem agora estão começando a ruir. Os movimentos sociais ganharam mais força do que nunca, a geração que questiona o capitalismo voraz e insensível resolveu mostrar o rosto (alguns mantém o rosto coberto, mas isso é assunto para… outro ano), um novo pensamento político questionador saiu de trás das telas dos computadores e resolveu gritar no ouvido de quem sempre nos ignorou. E isso é só o início. O machismo, a homofobia, o racismo, a intolerância e o fanatismo religiosos e o pensamento mercadológico que hoje assolam o mundo serão combatidos, serão postos à prova, pois é um planeta livre desses males que nós queremos ver nascer em 2014.

Que a morte de Mandela não seja esquecida e diminuída por uma história mal contada de sua vida. Que a luta desse grande ser humano seja lembrada como de fato foi: com muito sangue, suor e lágrimas. As lutas não foram fáceis, até hoje não são e é isso que todos que ainda não entenderam precisam entender: não se faz uma renovação de valores na Terra se a gente não mudar a forma de pensar e de agir. Como diria meu artista predileto, Gabriel o pensador: “a gente muda o mundo na mudança da mente”. E ele está certo. O desafio de 2014 é fazer essa ideia chegar ao ouvido daquelas que por séculos foram tratadas como cidadãs de segunda classe. Daquelas que foram relegadas às favelas e à miséria, daquelas que hoje são obrigadas a alisar os cabelos, porque tem o “cabelo ruim”. Daquelas que são obrigadas a abaixar a cabeça para os maridos e viver como subalternas de um sistema que as colocou como inferior. Daqueles que têm sua orientação sexual julgada pelas leis da Igreja e pelas leis dos homens, e morrem todos os dias por não poderem ser aquilo que são e amarem de uma forma que nem todos conseguem compreender.

A ideia de revolução e de luta precisa ecoar nas mentes de quem mais sofre com a falta de uma mudança. E é isso que 2013 nos lega, por fim. A necessidade de mudar, de quebrar os paradigmas e de fazer mais e mais pessoas indignarem-se e ir às ruas brigar por algo que, vejam só, nem precisaríamos estar brigando: uma vida plenamente digna e com respeito à diversidade.

Que venha 2014, com todas as mudanças e toda a raiva que puder trazer, para que 2013 não seja só um ano maluco e conturbado, mas sim o início de um tempo em que ter coragem para lutar vai ser a marca de uma geração. E é essa geração que vai olhar para os livros de História e contar orgulhosa para os filhos que subiu no Congresso Nacional ou que botou fogo nos ônibus (tá, isso foi sacanagem).

Enfim, queridas e queridos, tenham um fim de ano lindo e cheio de felicidade. Que a Força esteja sempre com vocês.

beijos, do Lipe.

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Se apanhar na escola, apanha em casa quando chegar

Quero começar pedindo desculpas a quem me lê por esse longo hiato entre meu último texto e o que você vê agora. Além das tarefas diárias e dos compromissos sociais, sofri de um terrível bloqueio inspirativo e não pensei em nada para postar aqui. (mentira, até pensei, mas nada me parecia interessante ou bom o suficiente, entende?)

De qualquer forma espero sinceramente que aceitem minhas desculpas e procurem compreender as crises de loucura desse jovem futuro cientista político que precisa colocar comida dentro de casa e tem três bocas famintas para alimentar. (estou pensando seriamente em trocar a comida dos gatos por umas tiras de salmão, pra ver se economizo no mês.)

Pois bem, sem mais delongas, sem mais firulas, vamos ao que interessa, ou sobre o que não interessa, mas que é legal ler só pra dar aquela força pro amigo aspirante a escritor, não é? 🙂

Dia desses, dando uma olhada no 9GAG , coisa que eu já não fazia há eras glaciais, vi uma coisa que me chamou a atenção. Uma das fotos postadas dizia assim (tradução livre): “Por que em vez de ensinar as crianças a não praticarem o bullying, não as ensinamos a se defenderem? Estamos criando uma sociedade de vítimas”. Certo, apesar de a frase não ser um primor em termos teóricos, dá pra dizer que não é lá um desastre e abre brecha para um debate bacana, sobre a forma como lidamos com o bullying em nossa sociedade atual. Muita gente pensa dessa forma, comprovado pelo alarmante número de pessoas que curtiram a publicação e estavam compartilhando pelos feices da vida, essa frase, como se fosse um exemplo de sabedoria, digna de… Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu. Se tem muita gente curtindo é porque tem muita gente que concorda com essa ideia de “cada um por si” ou  “salve-se quem puder”. Isso reflete um pensamento antigo, em que cabe à vítima saber se proteger, enquanto não é responsabilidade do agressor a agressão infligida.

Quando eu era pequeno eu ouvia muito da minha mãe uma frase que me amedrontava antes de sair de casa para meus afazeres estudantis: “se você apanhar na escola, apanha em casa quando chegar”. PORRA, a gente já ia passar pela merda de tomar uma porrada na escola e quando chegasse ainda ter que apanhar mais? Quando eu saía eu não sabia se tinha mais medo do cascudo no colégio ou das bifa que eu ia tomar em casa depois. A sorte é que nunca apanhei na escola.

Só em casa, porque eu era um anjo. (quero dizer que amo a minha mãe e sei que ela mudou, né dona Lízia?)

O fato é que ela não era a única. Aposto que a mãe de vocês fazia a mesma coisa e, se não dava a porrada de verdade, pelo menos ameaçava. E isso é muito triste, se a gente parar para pensar. Sempre ficou nas costas das vítimas a responsabilidade pela própria integridade física. Eu sei que nossas mães e pais devem ter falado isso na melhor das intenções – de um jeito PÉSSIMO, havemos de concordar – mas o que ninguém nunca pareceu parar para pensar é que eram os outros alunos que não deveriam me bater, ou em qualquer outro estudante, num colégio para crianças de 9 anos de idade. E naquela época o termo bullying, da maneira como o conhecemos hoje, não era empregado ainda, levando os casos de agressão e humilhação no ambiente escolar a serem tratados como “coisa de criança”, “molecagem”, “brincadeira” e outros tantos termos que buscavam sempre diminuir a gravidade da situação. E sempre foi assim, na história da humanidade.

O Brasil, assim como todos os países do mundo, sofre com a terrível violência que é o estupro. Além da situação humilhante, violenta, desrespeitosa e criminosa que sofrem, mulheres ainda são obrigadas a ouvir aquele discursinho safado de que “elas estavam provocando” ou “que não souberam se cuidar”. Tirando as nuances da nossa sociedade machista que por milênios tem sido conivente com a violência do homem sobre mulher, sob a justificativa da superioridade natural e/ou divina, essa ideia de que a culpa é do agredido é lugar-comum em umas cabeças menos “iluminadas”, por assim dizer. É a lei do mais forte que dá embasamento para esses pensamentos individualistas e egoístas.

Temos que nos perguntar sobre o que queremos da educação que damos às nossas crianças. Se precisamos ensinar nossos filhos a se defenderem dos seus próprios colegas, em vez de ensinar a todos a não cometer agressões, é porque estamos falhando miseravelmente na formação de cidadãos conscientes e respeitosos. Se a filosofia da auto-defesa prevalecer sobre a filosofia da não-agressão é porque estamos ignorando os próprios erros, erros esses que estão surgindo na base da formação infantil e afetando o futuro de adultos inseguros e violentos. O caminho deve ser o inverso: um que busque a paz, não a defesa própria diante da (evitável) agressão.

É óbvio que não obterá-se um sucesso total, pois precisamos reinventar nosso modo de educar e de repassar cidadania e isso levará algum tempo e, naturalmente, algumas falhas surgirão. Mas qualquer sucesso é válido, diante do fracasso que tem sido a educação e a prevenção de bullying ao redor do globo. Infelizmente ainda é enorme a quantidade de tutores, mães e pais que acham lindo quando a criança chama uma outra de “veadinho”, “gorda”, “magricela” e todos os outros insultos que rolam no submundo do pátio da escola, nas quebradas do recreio. Isso sem falar na porrada, não podemos esquecer.

Não quero ditar aqui como cada um deve criar seu filho, longe de mim. Mas acredito que seja uma boa refletir sobre a nossa posição diante de um problema sério e que, por acontecer no sacrossanto mundo infantil, muitas vezes passa despercebido ou com sua relevância atenuada. Não se trata aqui de criar um mundo de vítimas; trata-se, antes de mais nada, de evitar que este se torne um mundo de agressores.

P.S: O frio não faz bullying com os solteiros. Já perguntei.

Tadinho do Quasímodo! 😥

Porque eu sei que e amor

Não sou bom com declarações de amor. Aliás, acho que todo mundo que racionaliza demais acaba sendo um pateta emocional.

Eu sou um pateta emocional, por excelência.

Dia desses vi um vídeo no YouTube de uma declaração linda. O YouTube é aquele depósito da internet em que a gente pode achar muita coisa boa quando perde um pouquinho mais de tempo garimpando o que assistir. Em meio a tanta porcaria digital, achei esse vídeo que me encantou. Era uma declaração de uma menina para seu namorado. Muito sincera e criativa. Mesmo a menina sendo namorada de outro, confesso que ela roubou meu coração também.

Como eu disse, não sou bom com declarações de amor. Mas então eu refleti que isso não define o que é amor, ou sua dimensão. Amor, amor mesmo, desses que fazem doer o peito de saudade, a gente não mede por declarações.

O dia-a-dia é o maior teste para a resistência de um relacionamento. Estar na linha de frente da luta diária não é fácil para ninguém, todos sabemos disso. Mas sabemos também que fica muito mais fácil quando dividimos o peso com alguém. Então, mais do que uma declaração, essa crônica é um agradecimento.

Mesmo que eu não saiba fazer vídeos bonitos e criativos, mesmo que eu às vezes seja tão áspero que acabe machucando, mesmo que meu ímpeto libertário assuste de vez em quando, ainda está aqui do meu lado. A prova do amor não se dá através de demonstrações megalomaníacas e exageradas. Nosso amor se traduz no quotidiano.

Sabe como eu sei que é amor? Porque quando eu como pipoca doce eu lembro de você. Porque eu prefiro mil vezes deixar de ir pra balada se for pra dormir ao seu lado. Quando você deita no meu peito eu sinto que, naquele instante, é meu dever proteger-te de tudo que possa te fazer mal, porque eu sei que você deposita em mim (em nós) todas as suas esperanças. Não é preciso um anel de diamantes escondido no sorvete para provar que o que eu sinto por você ultrapassa tudo que meu ser egoísta já desejou.

Talvez eu nunca te dê um ramalhete, mas já te levei ao Jardim Zoológico pra ver os bichinhos (tinha flor lá também). Talvez nossa história vire filme, igual aos vários que a gente vê junto, deitados na cama embaixo do cobertor. Nosso amor se traduz no gato endiabrado que nós adotamos, ou no pastel que queimou. Nosso amor é gostoso, igual às costelas ao molho barbecue que a gente adora comer. Nosso namoro é agressivo, irritante, tempestuoso. Mas isso é parte da perfeição que, olhem só, não é tão perfeita assim.

Nosso amor é feito das lágrimas que derramamos em crises sérias, que tentaram até o último suspiro destruir tudo que a gente tinha. Mas não destruiu. As risadas foram mais fortes, os sorrisos mais duradouros, a alegria mais presente. No fim, entre mortos e feridos, salvaram-se todos e cá estamos nós.

Obrigado por ser meu ombro amigo, o suporte das minhas vitórias, a inspiração das minhas inspirações. Eu poderia ser o mesmo, viver minha vida como o lobo solitário que vive na Fortaleza da Solidão, mas que de noite não tem ninguém para abraçar. Mas não sou. Felizmente, achei alguém para dividir as madrugadas frias que insistem em fazer bullying com os solteiros. Mas não com a gente, porque a gente tem cobertores quentes, e corações mais quentes ainda, que não deixam o outro sentir frio.

Isso meus caros, é amor. O clichê mais antigo da humanidade.

Sem flores, sem placas de outdoor, sem carro de som cafona. Sem exageros, sem mania de grandeza. O amor é mais simples do que a gente pensa, e eu descobri isso da melhor forma.

Te amo, Mojin.

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I still haven’t found what I’m looking for

Tem horas em que eu gosto de ser cafona.

Sabem aquele video do Pedro Bial, o que ele fala do Filtro Solar e de mais alguns conselhos bregas e clichezentos para você (tentar) ser feliz? Aquilo, por exemplo, é o tipo de coisa cafona e repetitiva que eu, você e o Inri Cristo estamos cansados de saber, mas é sempre bom ouvir de novo, em um momento difícil, ou quando você precisa justificar a falta de rumo que sua vida está tomando. Essa, inclusive, é a minha parte favorita no vídeo inteiro. Bial fala que não podemos nos desesperar por não sabermos o que queremos da vida aos 23 e que as pessoas mais interessantes que ele conheceu não sabiam o que queriam da vida aos quarenta.  Pois é. Esse ponto – tirando o do filtro solar – é o que mais me preocupa, em termos práticos.

Recentemente completei indesejáveis 21 anos. Indesejáveis porque eu odeio envelhecer. A idade vai chegando e com ela alguns questionamentos, como: o que vai ser da minha vida, agora que atingi a maioridade absoluta? Dia desses, enquanto voltava do trabalho, o shuffle do meu iPod começou a tocar “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”, do U2, uma canção que eu adoro desde que tinha uns quinze anos de idade.

Realmente gosto dessa música. Acho que a aprecio justamente porque sempre me tive na conta de um eterno inconformado. Minha natureza nunca aceitou as coisas do jeito que são, sem antes questionar as razões de aquilo ser daquela maneira. Não gosto e nunca gostei de me imaginar como um peão do destino que não pode mudar sua realidade e, por conta disso, tornei-me um contestador chato de tudo que rege a minha vida. Ok, não. Contestador não é bem a palavra. Estaria mais para um inquieto, pendendo ao insatisfeito. Minha vida é ótima, realmente não há muito do que reclamar. Todavia, às vezes me parece insuficiente. Vocês não têm essa impressão? A de que estamos sempre e sempre buscando algo que nunca parece estar mais próximo?

A música me faz lembrar que estou incansavelmente buscando um sentido que me faça significar mais do que só “mais um que andou pela Terra”. Um sentido transcendental, que ultrapassa a ordinariedade da vida cotidiana, que vá além do pão nosso de cada dia. Eu, assim como o Bono, ainda não achei o que estou procurando, e a triste perspectiva desse incoformismo é justamente a incerteza. Pior do que não ter achado o que você está procurando, é não saber O QUÊ você está procurando, além do fato de saber que você está buscando alguma coisa. E aí incorremos em outro problema porque, além de não termos achado, ainda precisamos descobrir o que é para podermos ter, pelo menos, uma pista de onde começar a procurar. Complicado isso.

Não sei se me arriscaria a dizer que essa é a tal busca pela felicidade a que Thomas Jefferson e Will Smith se referem. Será que a caça, em si, é mais importante do que o objeto caçado? E as aqueles que conformaram-se e aceitaram a vida assim como esta lhes impôs, será que tais pessoas livraram-se das preocupações e da vontade de ser mais do que uma mera existência? Pode ser que sim. Pode ser que muitos tenham abdicado da angústia de procurar um sentido para a vida além daquele que o destino lhes ofereceu. E talvez eles sejam plenamente felizes exatamente por não almejar mais do que foi dado. É difícil dizer.

Não quero me alongar muito nisso, até porque esse assunto me parece bem chato até agora. Terminei essa reflexão sem concluir nada de muito revelador ou reconfortante. O fato é que a busca por algo que supere as expectivas da simples existência, pelo menos a minha, ainda está em curso e eu não tenho ideia de quando vai acabar. Pode ser que termine comigo encontrando exatamente o que busco a vida inteira (e que ainda estou pra saber do que se trata) ou pode ser que termine comigo aos quarenta jogando tudo pro alto e desistindo de achar o que quer que seja (sera que o Bial me acharia interessante?).

No fim das contas, é uma questão de escolha e a decisão invariavelmente acaba caindo nas nossas mãos. Pode-se escolher entre perseguir o sentido da existência ou aceitar nossas vidas sem esperar nada demais dela. E no fim, se você prestar um pouquinho de atenção, quem sabe perceba que achou tudo aquilo pelo qual estava procurando e a música do U2 não passe de uma bela canção. Tadinho do Bono.

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Hoje e um novo dia, de um novo tempo que comecou…

Como todo mundo sabe (ou pelo menos, todo mundo que me conhecesse sabe), eu não assisto televisão. Poderia listar uma série de razões socio-políticas e ideológicas que não me permitem ver televisão, mas vou dar somente uma, mais simples, porém não menos verdadeira, do porquê eu não vejo televisão: eu não possuo um aparelho televisor. Por esse singelo motivo, fico eu impedido de assistir ao Programa do Ratinho, Domingão do Faustão, Superpop, etc (o que é uma lástima, vocês hão de convir).

Claro que só pelo fato de não haver um televisor nessa Fortaleza da Solidão significa que eu jamais em minha vida assista TV. Vez ou outra na casa da minha tia eu acabo sentando e vendo qualquer besteira que esteja passando no momento. Por vontade do acaso, fui brindado com a música de fim de ano da Globo e me vi imerso naquela sensação de letargia que nos acomete quando paramos pra perceber que o ano chegou ao fim. Em menos de 24 horas ele se acabará e nós entraremos em mais um ciclo de 365 dias, com as promessas de este ser um “Ano Novo”.

Pergunto-me então se é, de fato, um novo ano. Porque se você fizer uma análise profunda da situação, ele não é novo, noooovo. É na verdade, a mesma coisa de sempre, só que com um algarismo diferente. Seu emprego é o mesmo, sua vida também. Tem sempre sido assim, desde que o Papa Gregório XIII instituiu o calendário no resto da civilização ocidental cristã. A marcação do tempo é puramente abstrata e não significa um começo ou recomeço como os cartões de fim de ano querem nos fazer acreditar. Pode até ser, se assim você desejar. Mas se você não mover a bunda da cadeira para fazer algo que preste do seu “ano novo” ele vai ser exatamente igual ao que passou e deixará de ser novo pra ser só mais um ano.

Não quero falar de mudanças aqui novamente. Se eu fizer isso mais uma vez é capaz de ser chamado de especial de fim de ano do Roberto Carlos e eu não estou a fim de tantas emoções. Também não tornarei esse texto longo demais porque ninguém vai passar a virada lendo blog, façam-me o favor. Só quero lembrar que tudo de novo que o ano poderá nos trazer vai depender inteiramente de nós e de nossas atitudes. Podemos renovar nossas vidas simplesmente renovando nosso modo de pensar e agir, a maneira de tratar o próximo, o modo com que nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor.

Drummond disse certa feita que quem tinha tido a ideia de cortar o tempo em anos, foi genial, porque estaria dando a chance de renovar a esperança, de reacender a crença num ano melhor. E quer saber? Foi realmente genial. Nos deu a chance de repensar nossa realidade e lutar para, quem sabe, ter uma vida melhor. A esperança é o alimento da luta diária, e a ideia de termos mais 365 oportunidades a nossa frente é bastante reconfortante, mesmo que isso, no fundo , não signifique nada.

Então aproveite, comece a sua dieta, entre na academia, comece um curso de mandarim,  descubra um novo amor, dedique-se ao seu trabalho, dedique-se à sua família, erre, acerte, experimente novos sabores, conheça novos lugares, faça novos amigos, ame quem mereça ser amado, perdoe quem mereça ser perdoado, peça perdão se achar que merece. Ria e chore. Beije, transe, faça uma loucura. Não viva cada dia como se o mundo fosse acabar, porque vimos que ele não acabará tão cedo (beijo pros Maias). Você tem doze meses para fazer tudo que sempre quis ou deixar mais um ano passar em branco no livro da sua vida.

E, acima de qualquer coisa, seja feliz! Porque ano que vem começa tudo outra vez…

Feliz 2013, meus queridos! Abraço forte desse nerd que deseja tudo de melhor para vocês!

;-D

“Tin Tin”

A parte chata de se trocar de pelos

Pêlos. Pêlos por toda parte. No apartamento inteiro. Desde que resolvi criar um gato, ainda estou me acostumando a caminhar pela Fortaleza da Solidão e de vez em quando dar de cara com uma nuvem de pêlos cinzas pairando no ar. Às vezes procuro por um vortex que fique cuspindo pêlos sem parar.

Bichento está passando pela primeira troca de pêlos habitual dos gatos. A troca é parecida com a muda de pele das cobras, a diferença é que, felizmente, pele de cobra não cai na sua comida e nem gruda na roupa. Paciência. Bichento está mudando e, considerando que esta ainda é a primeira, vai mudar várias vezes até o dia em que ele subir no telhado.

Sinto-me seguro em afirmar que, assim como meu gato, todos passamos por mudanças ao longo da vida; e a parte chata é que a grande maioria dessas está além do alcance de nossos desejos. Algumas podem até depender de nós, mas todo o resto vai depender do nosso bom e velho amigo, o acaso.

Você pode perguntar para qualquer uma das pessoas presentes neste vagão de metrô em que me encontro e garanto que 90% delas dirá que não gostam de mudanças. Porque, por excelência, mudar é um troço chato demais. Trocar de apartamento, trocar de carro, arrumar um novo emprego, terminar um casamento de 20 anos, trocar de roupa. Tudo é terrivelmente assustador porque nos obriga a abrir mão daquilo com que nos acostumamos e a abraçar algo novo, com que nunca lidamos antes. O desconhecido sempre será fonte de medo até que entendamos a situação. Mudar nos força a procurar compreender e a administrar um novo cenário e isso exige um esforço que, por preguiça ou despreparo, não queremos fazer.

E tudo começa lá, no seu primeiro minuto de vida, quando o ar, sem piedade, abre caminho através dos seus frágeis pulmões e então você sente uma dor lancinante e um frio cortante, já que aquele babaca de branco arrancou-o da placenta quentinha da mamãe. Que sacanagem, não é? Depende de como você irá encarar. Seria fácil se tivéssemos consciência do que está rolando na hora em que nascemos. Mas não é o caso, portanto ainda vai te custar uma boa trinca de anos até entender essa loucura toda que é a vida, o Universo e tudo mais. E sempre será mais ou menos desse jeito: vão te arrancar do quentinho pra te jogar no frio para então, quando você se reacostumar com a nova temperatura, ser lançado novamente em uma outra realidade. Podemos encarar a metáfora da barriga da mãe como a zona de conforto da qual ninguém quer sair. É – e para sempre será – mais fácil manter o status quo das nossas vidas do que buscar um paradigma diferente.

O ponto crucial – e particularmente complicado – dessa discussão é definir a mudança como algo bom ou ruim. Isso só você poderá dizer, a partir da forma com que lidas com todas essas transformações. Acredito (e podem sentir-se totalmente à vontade para discordar) que as situações estejam ao sabor do acaso, mas nossa essência não. O que você vai tirar de toda a nova realidade está intimamente ligado a quem você é e à forma com que reage às metamorfoses que ocorrem ininterruptamente. Isso é crescer. A vida não lhe deve explicações e tampouco irá facilitar as coisas. É repentino e nós não temos tempo de replicar. Triste, no entanto, necessário.

Necessário porque faz parte do processo de aprendizado e todas essas mudanças e trocas de peles/pêlos vão contribuir para o ser humano que queremos ser/somos. E por fim, depois de várias mudanças que vão lhe tirar sono através dos anos, após centenas de novos empregos, novos interesses, novos amores, novos carros e novas casas, nunca nos manteremos na velha zona de conforto, a velha placenta quentinha que nos abrigou durante nove meses. Vivemos em movimento e em constante transformação e assim será pelo resto de nossas vidas. Nem boa, nem ruim, mas sim, necessária.

E agora, pelo bem do tema tratado, proponho que mudemos de assunto.

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Sem cera

Sei que ninguém gosta muito de ouvir conselhos. E geralmente quem gosta, só gosta pelo prazer de ouvir mesmo, porque seguir que é bom, pouca gente faz. Mas se quiser um, seria esse: nunca peça a minha opinião. E quando eu digo nunca, estou sendo bastante sério. E por que eu aconselharia isso? Pelo simples fato de que se algum dia você pedir minha opinião, é exatamente ela que você terá.

Não tenho muitos anos de vida, mas do alto das minhas gloriosas 20 primaveras, pude notar que seres humanos odeiam ouvir a verdade. Somos criaturas de ego, movidas por elogios e floreios, tão auto-centradas que a verdade soa como ofensiva, se dita sem muita maquiagem.

Nos acostumamos com o politicamente correto e com a política da boa vizinhança, nos tornamos viciados nessa dupla que hoje é parte da cultura mundial. Tudo precisa ser pensado e repensado mil vezes antes de ser dito. Afinal, uma vírgula mal colocada e você pode terminar um namoro, perder um emprego, iniciar uma guerra civil, botar um cd do Calypso pra tocar e daí pra pior. Trágico. A verdade é insultante e qualquer coisa dita sem a máscara do politicamente correto pode te colocar contra a parede. Acredito que temos tanto medo de verdades inconvenientes e desagradáveis que preferimos viver na eterna ignorância ou, pior, numa eterna ilusão de que está sempre tudo bem. O fato é que…

… nem sempre está tudo bem. Talvez você precise ouvir algumas verdades bem desagradáveis para mudar alguma coisa em você que esteja incomodando as pessoas ao seu redor. Precisamos parar de achar que a verdade é ofensiva, porque não é. Verdade é verdade, não é arma de injúria. Um fato é e acabou. Ele não deixa de existir só porque você não gosta dele ou porque, de alguma maneira, a existência de tal te ofende. Enchemos a boca para dizer que apreciamos a sinceridade, mas quando alguém é absolutamente sincero e franco, colocamos a mão na mesma boca para fazer uma expressão de choque e perplexidade, injuriados porque aquela pessoa deveria ter mais “tato” na hora de falar as coisas. Tanto o é que os “super-sinceros” são constantemente taxados de grosseiros, abusados, desrespeitosos, petulantes, etc.

Dia desses disse para uma pessoa que não gostava dela. Assim, sem dor na consciência. Fui interpelado pela própria e respondi que não. Porque essa era a verdade e não havia maneira “polida” de dizer isso sem que soasse um pouco chocante. Mas e daí? A verdade precisa ser dita e, no que depender de mim, ela será proferida sem pena do interlocutor. Fui chamado de mau e de estúpido por ter falado a verdade e fiquei pensando se as pessoas realmente não preferem uma sociedade onde todos sejamos falsos e insinceros, tudo pelo bem da “delicadeza”. Não é grosseria, não é maldade, é simplesmente a verdade sobre o que eu penso. Não podemos temer a verdade, porque, querendo ou não ela irá fazer-se presente, por mais que tentemos maquiá-la ou enfeitá-la para parecer menos cruel. Não nego a crueldade de certos fatos e nem concordo com grande maioria deles. Mas quem sou eu para julgar a suposta maldade de uma verdade? A minha função limita-se a transmití-la e somente a isso.

Vou dizer o que me parece, tal como me parece: crescemos com essa ideia de que o mundo nos deve uma explicação ou um tratamento menos bruto. Mas não, ele não deve. Somos iguais e todos temos virtudes e vícios e, provavelmente, haverá pessoas que sempre saberão reconhecer suas qualidades e haverá as que vão enxergar todos os defeitos – e eventualmente apontá-los. Cabe a nós colher as críticas e produzir algo de positivo a partir disso.

Claro que não digo que devemos sair falando tudo que pensamos aos sete ventos. Isso é até perigoso, de certo modo. Todavia, uma vez que arguido sobre determinado ponto, proponho que sejas o mais claro e franco possível.

O mundo sofre com uma falta de honestidade e um vácuo de sinceridade (vide Congresso Nacional). Precisamos derrubar as barreiras da maquiagem e falar a verdade, mesmo que ela doa. É isso que falta para diminuirmos a hipocrisia e assumirmos os nossos monstros internos e, quem sabe, dar o primeira passo para um planeta mais correto e transparente. Um mundo “sine cera”.

Tudo que poderia ter sido, mas nao foi.

Muito chato isso de a gente quebrar copos. Só essa semana foram dois aqui em casa (detalhe que o último foi pela janela e caiu há mais ou menos duas horas da hora em que eu estou escrevendo esse texto). É porque o parapeito da minha janela é bastante largo e cabe até, com alguma boa vontade, um pires cafona encimado por uma xícara de chá. Enfim, o fato é que eu perdi dois copos e eu gostava muito deles.

O copo hoje defenestrado foi somente o último infortúnio de pelo menos uns três que a sexta-feira tão gentilmente me trouxe. Antes dele ainda precisei colocar uma camiseta branca de molho no tanque porque o molho de tomate da lasanha de forno Sadia resolveu brincar de Daiane dos Santos e fez um duplo twist carpado no meu pijama. Mas o realmente interessante, de todos esses reveses pelos quais tive que passar ao longo da noite, foi o primeiro deles: a triste perspectiva de “aquilo que poderia ter sido mas não foi”.

A vida da gente é um mar de possibilidades e oportunidades, às quais somos submetidos todos os dias, todas as horas, minutos e segundos até, se você prestar bastante atenção. Não precisa ser o emprego dos seus sonhos batendo à porta, mas o simples troco do supermercado que veio errado e você notou a tempo de devolver. Bastam duas piscadas até que você aproveite ou perca a oportunidade de ser honesto e corrija o erro da moça do caixa. Pronto, foi uma chance. Tudo muito rápido e creio que, exatamente por isso, perdemos várias e várias ao longo de um dia. Tudo na vida tem 50% de chance de dar certo, e até o caminho que você tomou hoje para ir pra faculdade, quando derrubou o copo de café porque tropeçou na calçada quebrada, pode ter feito você ver o amor da sua vida sem nem notar. Mas essas pequenas oportunidades nem fazem tanta diferença assim, no somatório geral; são décimos, se comparados aos algarismos centenários que completam essa conta. E é desses algarismos que eu quero falar: as substanciais oportunidades que poderiam ter sido, mas não foram.

É normal sentir medo. A energia amarela do medo é a força mais poderosa do Universo, de acordo com a Tropa dos Lanternas Verdes, e todo mundo a sente em vários momentos. Foi o medo que nos preveniu de morrer e que trouxe a (desg)raça humana até os dias atuais, como a espécie dominante da Terra – para azar de todas as outras e até de nós mesmos. Só que o medo tem o dom de prevenir demais. E isso se torna um problema, a partir do instante em que você deixa de aproveitar as boas chances que o acaso te coloca na vida, por não sentir-se seguro o suficiente para arriscar.

Todo mundo tem um trauma, uma perda dolorosa, uma decepção amorosa, um fracasso profissional. É comum, afinal. Estamos nessa chuva para nos molhar e todos – com exceção do Eike Batista e do Chuck Norris – somos suscetíveis aos mais variados resultados. Mas antes de descobrir o resultado, é preciso tentar alguma coisa, e o número de pessoas que deixam de tentar por receio do desapontamento, é demasiado grande. O único resultado que você alcança, deixando de fazer alguma coisa por medo, é uma coleção de belas histórias de “poderia ter sido, mas não foi”. No fim das contas, você vai contar para os seus filhos e/ou netos fabulosas narrativas de como você poderia ter sido um grande empresário, ou ter conquistado a mais bela aluna do curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília, ou ter ficado com o cara que você mais amou, mas nada disso aconteceu só porque teve medo de não dar certo. Aliás, você só vai contar essas histórias para os seus filhos e/ou netos se tiver coragem para fecundar alguém; o que pode não ocorrer, pois há o risco de você nunca conseguir levar essa pessoa para a cama, com medo de ser rejeitado.

Complicado isso. Analisamos todas as possibilidades de algo dar certo ou dar errado e tomamos decisões com base no julgamento pessoal do que pode acontecer.

Depois de fazer uma profunda análise de uma recente complicada história que venho tendo desde o final de 2011 e, após gastar todas as minhas cartas na manga, abaixei minhas defesas num ato um tanto inconsequente (mas absolutamente sincero) e fiz um pedido de namoro que nunca foi respondido. Mesmo com medo e tomado pela total incerteza do sucesso, dei minha cara a tapa e ainda assim, nem um tapa eu levei. E então o pedido de namoro ficou no ar, pairando sem um desfecho digno.

Meu conselho, embora saiba que eles não sirvam para nada, é para que tenhamos medo, quando este se fizer necessário, mas não devemos deixar que roube-nos as oportunidades que podem dar um novo rumo à nossa vidinha mais ou menos. É melhor negócio transformar as cogitações em ações e fazer as coisas boas SEREM, de fato. Se não, boa sorte no futuro, quando toda a sua história for baseada em tudo que poderia ter sido, mas não foi.

Assim como o meu bonito romance que nunca foi, nem jamais será.

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Que os amigos nos salvem da vida

Sempre vai ter um palhaço para tirar a graça das celebrações que nos deixam alegres. Hoje, por exemplo, é dia do amigo, mas logo, logo, vai aparecer um babaca dizendo que “dia do amigo é todo dia e mimimi”. É a mesma coisa no Dia Internacional das Mulheres, dia das mães, dia do índio, dia da tia encalhada etc, etc. Eu sei que amigos são para todos os dias, e que eles fazem parte da nossa vida durante todos os 365 dias do ano, não somente em 20 de julho. Como eu também sei que o Brasil é independente todos os dias desde  7 de setembro 1822. E que minha mãe é minha mãe mesmo que nós não estejamos em maio. Então, se aparecer esse infeliz para dar uma de diferente, simplesmente ignore-o.

Dia do amigo é um dia importante, sim, e nós precisamos nos lembrar disso. Você pode ser grato pelos seus amigos, pode sentir isso no seu dia-a-dia, mas duvido muito que você vire para todos eles DIARIAMENTE e agradeça pela amizade. Você não faz. Ninguém faz. Somos agradecidos e felizes por termos nossos amigos por perto. No entanto, nos acostumamos tanto à presença deles que esquecemos de dizer isso. É pra isso que serve um dia do amigo (dia das mães, dos professores e todos os outros dias dedicados a alguém): para lembrarmos de agradecê-los. Para mostrarmos que: “ei, companheiro, eu sei que você ‘tá’ aí. Valeu por tudo”.

Alguns diriam que é um dom; outros, uma dádiva. Eu diria que é um talento. Conhecer alguém e, do nada, achar pontos em comum que o conectem a essa pessoa de uma maneira única é pura sorte. Cultivar isso para que caminhe para algo maior, que se torne uma ligação ímpar que vai fazer de vocês verdadeiros “irmãos”, isso é um talento. E acho que é natural a (quase) todo mundo na Terra. Até Hitler tinha amigos, não é possível que você não possa fazer um. Contudo, como todo talento natural, ele precisa de prática para ser desenvolvido e aprimorado. E é aí que reside a diferença entre ser amigo, bom amigo e melhor amigo. Você poderá ter vários amigos, alguns bons amigos, mas melhores amigos eu diria que só 2.

Amizade requer sinceridade, companheirismo, confiança e, acima de tudo, lealdade. E nesse ponto há o problema de que nem todo mundo sabe ser leal. Por isso é tão difícil achar amigos que durem uma vida toda, e tão fácil achar aqueles que vão ficar ao seu lado pelo tempo que lhes for conveniente. E não adianta, nós fazemos a mesma coisa. A amizade, por mais que seja uma relação nobilíssima e admirada com fervor por grande parte da população do planeta, é uma relação de interesse. Nos sentimos bem ao lado deles. Rimos juntos, escutamos uns aos outros, pegamos dinheiro emprestado quando é necessário, acobertamos e somos acobertados daquelas escapulidas marotas. Enfim, todo mundo ganha.

Amigos são o brilho da vida. São a família que você escolheu ter. Podem ser diferentes de você, iguais, feios, bonitos, acabam contigo no video-game, dançam melhor, são péssimos no futebol, não pegam ninguém, têm celulite, pinto pequeno… mas são seus amigos. E se você for bom em cultivar essas amizades, pode ser que sejam por ainda muito tempo. Talvez tenha me esquecido de mencionar, mas, amizade de verdade precisa de amor. E esse texto é pra lembrar e reafirmar a todos os meus amigos que eu os amo e o quanto eles são importantes para mim.

Plabo Neruda, certa vez, disse:

“Se nada nos salva da morte, que o amor nos salve da vida”

Eu substituiria “amor” por “amizade” e acho que essa frase conseguiria ser mais genial e profunda do que já é.

Feliz dia do Amigo!

Amigo, estou aqui.

15 Coisas irrelevantes sobre mim

Gostei da brincadeira e aproveito-a para divulgar o blog dos amigos, principalmente a Márcia (http://espantoedesejo.blogspot.com.br/), Raila (http://spindolar.wordpress.com/), Fê (http://livrosecreto.wordpress.com/). São 15 coisas que provavelmente sabem sobre mim, ou se não sabem, já deduziram né?

1-Nasci no dia 2 de Fevereiro, no Brasil é dia de Iemanjá e nos EUA é dia da Marmota (um bichinho que vive embaixo da terra e quando ele sai da toca, no dia 2, significa que o inverno acabou)

2-Sou maníaco por limpeza. Não consigo viver em um ambiente sujo/bagunçado por muito tempo.

3-Não gosto muito de chocolate. Chocolate aqui em casa dura uma vida.

4-Uso um MacBook, não gosto de Windows. Sou o que costumam chamar de “Machead” porque gosto de tudo que a Apple faz.

5-Não tenho uma orientação sexual única. Gosto de todas e todos. Não me apaixono por um sexo, mas sim por uma pessoa, o que me leva a ser considerado “bissexual” pelos padrões atuais.

6-Nunca chego a tempo. Estou sempre, sempre, sempre atrasado. Por mais que eu tente, eu sempre vou precisar de um tempinho de “tolerância”. Geralmente 1 hora.

7-Sou apaixonado por Brasília. Nasci aqui e não morei a minha vida toda, mas ainda assim é meu lugar favorito no mundo todo. Sou louco por essa cidade, amo-a com todo o meu coração.

8-Meu sonho sempre foi ser vocalista de uma banda. Dizem que eu sei cantar e que faço isso bem, mas não boto muita fé. De vez em quando gravo uns vídeos cantando alguma coisa.

9-Tenho a mania de dar nome a todos os meus objetos e apelidos secretos às pessoas ao meu redor. Meu apartamento chama “fortaleza da solidão”, meu computador é “Plumpkin”, minha cama é a “Dreamy”, meu iPod é o “Anakin” e meu pênis chama-se Otávio Augusto. Já os apelidos eu não conto pra ninguém HA HA.

10-Sou extremamente sincero. Se eu não gostar de você vou falar isso na sua cara e não me importa o que você ou os outros pensarão. Isso, é claro, se você me perguntar. Também só dou minha opinião se ela for requisitada. Caso contrário eu fico na minha. Sou frequentemente chamado de “grosso” por conta da minha sinceridade extrema.

11-Odeio usar tênis. Se eu pudesse, andaria de pantufas pelo resto da vida.

12-Todas, TODAS as minhas camisetas são temáticas. Geralmente remetem a coisas que eu gosto, como Star Wars, Harry Potter, video-games e seriados.

13-Não tenho barba. A genética do meu corpo não fez crescer barba em mim e isso causou-me uma frustração enorme na vida.

14-Não acredito em deus algum e sou muito feliz assim.

15-Eu não sei andar de bicicleta. Nunca tive vontade de aprender e hoje isso não faz falta alguma na minha existência.